11 janeiro, 2011

8° ano - ler e interpretar

TEXTO I
Acho que foi uma premonição, uma vez que ele já tinha declarado que “A Fraternidade é Vermelha” seria seu último filme. Foi o cineasta contemporâneo que conseguiu chegar mais  perto do conceito de Deus. Poderia ter feito muito mais filmes, mas foi vítima do totalitarismo socialista. (Leon Cakoff, no Jornal da Tarde, 14/13/96)
1) O totalitarismo socialista:
a) atrapalhou a carreira do cineasta.
b) manteve-se alheio à carreira do cineasta.
c) interrompeu a carreira do cineasta.
d) incentivou a carreira do cineasta.
e) fiscalizou a carreira do cineasta.

2) “A Fraternidade é Vermelha”:
a) foi um filme de repercussão nos meios religiosos.
b) foi o primeiro filme de sucesso do cineasta.
c) não abordava o assunto Deus.
d) foi o melhor filme do cineasta.
e) foi o último filme do cineasta.

3) Provavelmente, o cineasta:
a) agradou, por ser materialista.
b) agradou por falar de Deus.
c) desagradou por falar de Deus.
d) desagradou por não falar de Deus.
e) não sabia nada sobre Deus.

4) Levando-se em conta o caráter materialista usualmente atribuído aos socialistas, o título do filme seria, em princípio:
a) uma redundância
b) uma ambigüidade
c) um paradoxo
d) uma qualificação
e) uma incoerência

5) A palavra “premonição” se justifica porque:
a) seu filme foi um sucesso.
b) o cineasta falava de Deus. 
c) o cineasta não quis fazer mais filmes.
d) a “Fraternidade é Vermelha” foi seu último filme.
e) o cineasta foi vítima do totalitarismo socialista.

6) A palavra “Vermelha” eqüivale no texto a:
a) totalitária
b) comunista
c) socialista
d) materialista
e) espiritualista

7) O conectivo que não poderia substituir “uma vez que” no texto é:
a) porque
b) pois
c) já que
d) porquanto
e) se bem que 

TEXTO II
Nem todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano; por isso é preciso fazer uma estruturação dos canteiros a fim de manter-se o equilíbrio das plantações. Com o sistema indicado, não faltarão verduras durante todo ano, sejam folhas, legumes ou tubérculos. (Irineu Fabichak, in Horticultura ao Alcance de Todos)
1) Segundo o texto:
a) todas as plantas hortícolas não se dão bem durante todo o ano.
b) todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano.
c) todas as plantas hortícolas se dão mal durante todo o ano.
d) algumas plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano.
e) nenhuma planta hortícola se dá mal durante todo o ano.

2) Para manter o equilíbrio das plantações é necessário:
a) estruturar de maneira mais lógica e racional os canteiros.
b) fazer mais canteiros, mas ordenando-os de maneira lógica e racional.
c) fazer o plantio em épocas diferentes.
d) construir canteiros emparelhados.
e) manter sempre limpos os canteiros

3) A conjunção “por isso” só não pode ser substituída por:
a) portanto
b) logo
c) então
d) porque
e) assim

4) Segundo o último parágrafo do texto:
a) tubérculos não são verduras.
b) legumes são o mesmo que tubérculos.
c) folhas, legumes e tubérculos são a mesma coisa.
d) haverá verduras o ano todo, inclusive folhas, legumes e tubérculos.
e) haverá folhas, legumes e tubérculos o ano todo.

Texto par ler e interpretar 8° ano

TEXTO I
Um prêmio chamado Sharp, ou Shell, Deus me livre! Não quero. Acho esses nomes feios. Não recebo prêmios de empresas ligadas a grupos multinacionais. Não sou traidor do meu povo nem estou à venda. (Ariano Suassuna, na Veja, 3/7/96)43)
1 - A palavra que melhor define o autor do texto é:
a) megalomaníaco
b) revoltado
c) narcisista
d) nacionalista
e) decepcionado

2 -Se aceitasse algum tipo de prêmio de empresas multinacionais, o autor, além de traidor, se sentiria:
a) infiel
b) venal
c) pusilânime
d) ingrato
e) ímprobo

3 - O autor não recebe prêmios de empresas multinacionais porque:
a) seus nomes são feios.
b) estaria prestando um desserviço ao Brasil.
c) detesta qualquer empresa que não seja brasileira
d) esses prêmios não têm valor algum.
e) não quer ficar devendo favores a esse tipo de empresa.

4 - O último período do texto tem claro valor:
a) causal
b) temporal 
c) condicional
d) comparativo
e) proporcional

5 -  A expressão “Deus me livre!” demonstra, antes de tudo:
a) revolta
b) desprezo
c) ironia
d) certeza
e) ira 

TEXTO II
Inserto entre o 16° e o 18°, o século XVII permanece em meia luz, quase apagado, nos fastos do Rio de Janeiro, sem que sobre esse período se detenha a atenção dos historiadores, sem que o distingam os que se deixam fascinar pelos aspectos  brilhantes da
história. (Vivaldo Coaracy, in O Rio de Janeiro)

1) Segundo o texto, o século XVII:
a) chamou a atenção dos historiadores por ser meio apagado.
b) foi uma parte brilhante da história do Rio de Janeiro.
c) assemelha-se aos séculos XVI e XVIII.
d) foi importante, culturalmente, para o Rio de Janeiro.
e) transcorreu sem brilho, para o Rio de Janeiro.

2) A palavra ou expressão que pode substituir sem  prejuízo do sentido a palavra “fastos” é:
a) anais
b) círculos culturais
c) círculos políticos
d) administração
e) imprensa

3) A expressão “quase apagada”:
a) retifica a palavra meia-luz.
b) complementa a palavra meia-luz.
c) reforça a palavra meia-luz.
d) explica a palavra meia-luz.
e) amplia a palavra meia-luz.

4) Infere-se do texto que:
a) os historiadores detestaram o século XVII.
b) os mais belos momentos da história encantam certas pessoas.
c) o século XVI foi tão importante quanto o século XVIII.
d) a história do Rio de Janeiro está repleta de coisas interessantes.
e) os historiadores se interessam menos pelos séculos XVI e XVIII do que pelo século XVII.

Ler e interpretar - 9° ano

RELATÓRIO - Jorge Miguel
Senhor Superintendente
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de irregularidades ocorridas no aeroporto de Marília, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia, encarregado do aeroporto daquela cidade, para que permitisse fosse interrogado o funcionário João Romão, acusado de ter furtado uma máquina de escrever Olivetti nº 146.801, pertencente ao patrimônio do aeroporto. O acusado relatou-nos que realmente havia levado a máquina para casa na sexta-feira - 18 de março de 1988 - apenas para executar alguma tarefa de caráter particular. Não a devolveu na segunda-feira, dia 21 de março, porque faltou ao serviço por motivo de doença. Quando retornou ao serviço dia 28 de março, devolveu a máquina. A doença do acusado está comprovada pelo atestado que segue anexo ao presente relatório; a devolução da máquina no dia 28 de março foi confirmada pelo senhor Raimundo Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve vontade de subtrair a máquina, mas apenas negligência do acusado em levar para casa um bem público para executar tarefa particular. Foi irresponsável. Não cometeu qualquer ato criminoso.
Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo administrativo. O funcionário deve ser repreendido pela negligência que cometeu. É o que me cumpre levar ao conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta consideração.
São Paulo, 25 de julho de 1988 Cláudio da Costa

01    O relatório é um texto de tipo:
A)    descritivo;
B)    narrativo;
C)    argumentativo;
D)    poético;
E)    dramático.

02    A finalidade principal do texto é:
A)    orientar o superior na tomada de uma decisão;
B)    documentar oficialmente um ato irregular;
C)    discutir um tema polêmico;
D)    fornecer dados para uma investigação;
E)    indicar funcionários passíveis de punição.

03    Não consta(m) do relatório lido:
A)    o cargo da autoridade a quem é dirigido;
B)    o relato dos fatos ocorridos;
C)    uma preocupação literária do autor;
D)    as conclusões dos fatos analisados;
E)    uma fórmula de cortesia final.

04    ''Tendo sido designado por Vossa Senhoria...''; esta oração inicial do texto tem valor:
A)    concessivo;
B)    temporal;
C)    conclusivo;
D)    causal;
E)    consecutivo.

05    O item em que se mostra a forma abreviada correta de Vossa Senhoria é:
A)    V. Sria.
B)    V. Sra.
C)    V. S.
D)    V. Senh.
E)    V. Sª.

06    ''...submeto à apreciação de Vossa Senhoria...''; o acento grave indicativo da crase neste segmento se deve a que:
A)    ocorre a união da preposição a com o artigo definido feminino singular;
B)    a regência do verbo submeter exige o uso da preposição a;
C)    há a obrigatoriedade do emprego do artigo definido feminino singular;
D)    faça parte de uma locução adverbial;
E)    faça parte de uma locução prepositiva.

07    O estilo burocrático se caracteriza, entre outras coisas, pelo emprego de palavras desnecessárias; no primeiro parágrafo do texto são exemplos desse caso:
A)    denúncias; ocorridas; apreciação;
B)    ocorridas; apreciação; relatório;
C)    apreciação; relatório; nesse sentido;
D)    relatório; denúncias; ocorridas;
E)    nesse sentido; ocorridas; apreciação.

08    As datas presentes no texto têm a finalidade textual de:
A)    mostrar a evolução dos acontecimentos;
B)    documentar os fatos citados;
C)    criar a falsa impressão de verdade;
D)    valorizar o trabalho do autor do relatório;
E)    facilitar a leitura do relatório.

09    ''... que se anexa ao presente relatório.'' ; o item abaixo em que a concordância do vocábulo anexo está correta é:
A)    Vai anexa o atestado médico;
B)    Vão anexo o atestado e a foto do funcionário;
C)    Estão em anexas as fotografias pedidas;
D)    Está em anexo a declaração do réu;
E)    Está anexo os documentos solicitados.

10    O plural do verbo e do pronome em ''dirigi-me'' é:
A)    dirigi-nos;
B)    dirugimos-nos;
C)    dirigimos-me;
D)    dirigis-nos;
E)    dirigimo-nos.

Texto: Os burocratas - 9° ano

BUROCRATAS CEGOS
A decisão, na sexta-feira, da juíza Adriana Barreto de Carvalho Rizzotto, da 7a Vara Federal do Rio, determinando que a Light e a Cerj também paguem bônus aos consumidores de energia que reduziram o consumo entre 100 kWh e 200 kWh fez justiça. A liminar vale para todos os brasileiros. Quando o Governo se lançou nessa difícil tarefa do racionamento, não contou com tamanha solidariedade dos consumidores. Por isso, deixou essa questão dos bônus em suspenso. Preocupada com os recursos que o Governo federal terá que desembolsar com os prêmios, a Câmara de Gestão da Crise   de   Energia tem evitado encarar essa questão, muito embora o próprio presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, já tenha dito que o bônus será pago. Decididamente, os consumidores não precisavam ter lançado mão da Justiça para   poder   ter   a   garantia   desse   direito. Infelizmente,   o permanente desrespeito ao contribuinte ainda faz parte da cultura dos burocratas brasileiros. Estão constantemente preocupados em preservar a máquina do Estado. Jamais pensam na sociedade e nos cidadãos. Agem como se logo mais na frente não precisassem da população para vencer as barreiras de mais essa crise. (Editorial de O Dia, 19/8/01)
1) De acordo com o texto:
a) a juíza expediu a liminar porque as companhias de energia elétrica se negaram a pagar os bônus aos consumidores.
b) a liminar fez justiça a todos os tipos de consumidores.
c) a Light e a Cerj ficarão desobrigadas de pagar os bônus se o Governo fizer a sua parte.
d) o excepcional retorno dado pelos consumidores de energia tomou de surpresa o Governo.
e) o Governo pagará os bônus, desde que as companhias de energia elétrica também o façam.

2) Só não se depreende do texto que:
a) os burocratas brasileiros desrespeitam sistematicamente o contribuinte.
b) o governo não se preparou para o pagamento dos bônus.
c) o chefe do executivo federal garante que os consumidores receberão o pagamento dos bônus.
d) a Câmara de Gestão está preocupada com os gastos que terá o Governo com o pagamento dos bônus. 
e) a única forma de os consumidores receberem o pagamento dos bônus é apelando para a Justiça.

3) De acordo com o texto, a burocracia brasileira:
a) vem ultimamente desrespeitando o contribuinte.
b) sempre desrespeita o contribuinte.
c) jamais desrespeitou o contribuinte.
d) vai continuar desrespeitando o contribuinte.
e) deixará de desrespeitar o contribuinte.

4) A palavra que justifica a resposta ao item anterior é:
a) infelizmente
b) constantemente
c) cultura
d) jamais
e) permanente

5) Os burocratas brasileiros:
a) ignoram o passado.
b) não valorizam o presente.
c) subestimam o passado.
d) não pensam no futuro.
e) superestimam o futuro.

6) Pode-se afirmar, com base nas idéias do texto:
a) A Câmara de Gestão defende os interesses da Light e da Cerj.
b) O presidente da República espera poder pagar os bônus aos consumidores.
c) Receber o pagamento dos bônus é um direito do contribuinte, desde que tenha reduzido o consumo satisfatoriamente.
d) Os contribuintes não deveriam ter recorrido à Justiça, porque a Câmara de Gestão garantiu o pagamento dos bônus.
e) A atuação dos burocratas brasileiros deixou a Câmara de Gestão preocupada

Leitura e Interpretação 8° e 9° ano

TEXTO I


Estou com saudade de ficar bom. Escrever é conseqüência natural. (Jorge Amado, na Folha de São Paulo, 22/10/96)
1) Segundo o texto:
a) o autor esteve doente e voltou a escrever.
b) o autor está doente e continua escrevendo.
c) O autor não escreve porque está doente.
d) o autor está doente porque não escreve.
e) o autor ficou bom, mas não voltou a escrever.

2) O autor na verdade tem saudade:
a) de trabalhar
b) da saúde
c) de conversar
d) de escrever
e) da doença

3) “Escrever é conseqüência natural.” Conseqüência de:
a) voltar a trabalhar.
b) recuperar a saúde.
c) ter ficado muito tempo doente.
d) estar enfermo.
e) ter saúde.

TEXTO II
A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo. (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)
4) No texto, o autor compara:
a) Deus e internet
b) Deus e mundo todo
c) internet e qualquer um
d) mente e internet
e) mente e qualquer um

5) O que justifica a comparação do texto é:
a) a modernidade da informática
b) a bondade de Deus
c) a acessibilidade da mente de Deus e da internet
d) a globalização das comunicações
e) O desejo que todos têm de se comunicar com o mundo.

6) O conectivo comparativo presente no texto só não pode ser substituído por:
a) tal qual
b) que nem
c) qual
d) para
e) feito

7) Só não constitui paráfrase do texto:
a) A mente de Deus, bem como a internet, pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.
b) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.
c) A mente de Deus pode ser acessada, no mundo todo, por qualquer um, da mesma forma que a internet.
d) Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um.
e) A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, a internet.

TEXTO III
Marx disse que Deus é o ópio do povo. Já sabemos que não entendia nem de Deus nem de ópio. Deus é uma experiência de fé. Impossível defini-lo. (Paulo Coelho, em O Globo, 25/2/96)
8) Segundo o período inicial do texto, para Marx Deus:
a) traz imensa alegria ao povo.
b) esclarece o povo.
c) deixa o povo frustrado.
d) conduz com segurança o povo.
e) tira do povo a condição de raciocinar.

9) Segundo o autor, Marx:
a) mentiu deliberadamente.
b) foi feliz com suas palavras.
c) falou sobre o que não sabia.
d) equivocou-se em parte.
e) estava coberto de razão, mas não foi compreendido.

10) O sentimento que Marx teria demonstrado e que justifica a resposta ao item anterior é:
a) leviandade
b) orgulho
c) maldade
d) ganância
e) egoísmo

11) Infere-se do texto que Deus deve ser:
a) amado
b) conceituado
c) admirado
d) sentido
e) estudado
UM PÈ DE MILHO
     Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho.
     Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim - mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa. Secaram as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era capim. Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.
     Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança suas folhas além do muro e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais - mas é diferente.
     Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do portão, numa esquina de rua - não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas - mas na lógica de seu crescimento, tal como vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, de crinas ao vento e em outra madrugada, parecia um galo cantando.
    Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem. É alguma coisa que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.

                                                                                                                   Rubem Braga
01    A expressão sublinhada no segmento ''Os americanos, através do radar...'', indica:
A)    lugar;
B)    instrumento;
C)    meio;
D)    causa;
E)    condição.

02    A crônica acima foi escrita há mais de vinte anos por Rubem Braga; o segmento do texto que mostra sua não-atualidade é:
A)    ''Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua,...'';
B)    ''...sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos'';
C)    ''Anteontem aconteceu o que era inevitável...'';
D)    ''Sou um ignorante, um pobre homem da cidade'';
E)    ''Detesto comparações surrealistas...''.

03    Entre os dois períodos do primeiro parágrafo do texto, a oposição mais importante para o próprio texto é:
A)    estrangeiros X brasileiros;
B)    emocionante X frio;
C)    universal X particular;
D)    cósmico X terrestre;
E)    tecnológico X rudimentar.

04    ''...nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim...'', ''...e declarou desdenhosamente que aquilo era capim.''; os dois elementos sublinhados no texto indicam, respectivamente:
A)    desprezo / desconhecimento;
B)    desconhecimento / desprezo;
C)    desconhecimento / desconhecimento;
D)    desprezo / desprezo;
E)    afetividade / menosprezo.

05    O motivo que levou o autor a escrever a crônica foi:
A)    os americanos terem estabelecido comunicação com a lua;
B)    ter nascido um pé de milho em seu canteiro;
C)    o pé de milho de seu canteiro ter pendoado;
D)    o pé de milho de seu canteiro ter conseguido sobreviver ao transplante;
E)    ter sido confirmada a sua opinião de que o que nascia era um pé de milho.

06    ''...não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente''; o segmento que confirma o que está sublinhado é:
A)    ''Suas raízes roxas se agarram no chão...'';
B)    ''...suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis'';
C)    ''...meu pé de milho pendoou'';
D)    ''Meu pé de milho é um belo gesto da terra'';
E)    ''...afirmou que era cana''.

07    Considerando o segundo e o terceiro parágrafos do texto, o segmento que pode ser considerado uma interrupção da narrativa é:
A)    ''Quando estava com dois palmos, veio outro amigo e afirmou que era cana'';
B)    ''-mas descobri que era um pé de milho'';
C)    ''Mas ele reagiu'';
D)    ''Sou um ignorante, um pobre homem da cidade'';
E)    ''Ele cresceu, está com dois metros...''.

08    A substituição correta do termo sublinhado por um sinônimo está em:
A)    ''Transplantei-o para o exíguo canteiro...'' = raso;
B)    ''...e declarou desdenhosamente que aquilo era capim'' = depreciativamente;
C)    ''...veio enriquecer o nosso canteirinho vulgar...'' = popular;
D)    ''Anteontem aconteceu o que era inevitável...'' = imprevisível;
E)    ''...que se afirma com ímpeto e certeza'' = velocidade.

09    A substituição da expressão sublinhada por um só termo é INADEQUADA em:
A)    ''Sou um ignorante, um pobre homem da cidade'' = urbano;
B)    ''...tal como vi numa noite de luar...'' = enluarada;
C)    ''...beijado pelo vento do mar...'' = marinho;
D)    ''...exíguo canteiro da casa.'' = doméstico;
E)    ''...é um belo gesto da terra.'' = terrestre.

10    Em todos os segmentos abaixo há um sintagma construído por um substantivo + adjetivo (ou vice-versa); o sintagma em que a troca de posições entre esses vocábulos pode trazer mudança de sentido é:
A)    ''Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa'';
B)    ''Secaram as pequenas folhas'';
C)    ''Sou um ignorante, um pobre homem da cidade'';
D)    ''...e é um esplêndido pé de milho'';
E)    ''...em um canteiro espremido...''.


Texto para 5° ano - leitura; ortografia e interpretação

                                               Lenda do guaraná
     Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro.
     Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então Jurupari transformou-se numa enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
     Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o Sol foi embora. Veio a noite e a Lua começou a brilhar no céu iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu para procurá-lo.
     Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem de perto do corpo do menino.
     Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: “- É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”.
     Assim foi feito. Os índios plantaram os olhinhos da criança imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão.
     Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano. Agora, diz aí, quem não gosta de guaraná?

                                                           (tribo do guaraná – artigo da Internet)

1- Leia o trecho ”Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro”. Por este trecho podemos afirmar que o texto é uma:

( ) notícia
( ) propaganda
( ) história

2- Na frase “Isto fez com que Jurupari, O Deus do mal, sentisse inveja do menino”, a palavra grifada faz referência a:

( ) ao fato do indiozinho ser muito querido
( ) aos pais do indiozinho
( ) À enorme serpente

3- No trecho “... enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança”, as palavras grifadas dão ideia de que o índio:

( ) era indefeso
( ) estava perdido na floresta
( ) era medroso

4- Da saída do indiozinho até o momento em que a família o encontra, passaram-se
( ) dois dias
( ) algumas horas
( ) uma semana

5- Leia o trecho “Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja...” Marque a frase em que a vírgula é utilizada da mesma maneira.
( ) ... com um único filho, muito bom, alegre e saudável.
( ) Agora, diz aí, quem não gosto de guaraná?
( ) Brasil, país do futebol, é também o país do guaraná.

6- De acordo com o texto, a frase que explica como o guaraná nasceu é:
( ) “Diz a lenda que o guaraná nasceu de uma paixão”.
( ) “Os índios plantaram os olhinhos da criança e dias depois nasceu uma planta: o guaranazeiro”.
( ) “ Nascia na Fazenda Santa Helena o laboratório para produção do guaraná”.

7- No trecho “... É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”, as aspas são utilizadas para:
( ) Marcar a oração dos índios
( ) destacar a fala de Tupã
( ) marcar a fala da mãe do indiozinho

8- No trecho “... ela atacou e matou a pobre criança”, a expressão grifada significa que o índio:
( ) não tem o necessário para viver
( ) é um mendigo
( ) inspira compaixão

9- A frase “Agora diz aí, quem não gosta de guaraná?”, é um jeito popular do adolescente falar. Se fosse escrita para pessoas idosas ficaria
( ) A maioria das pessoas gosta de guaraná, não é?
( ) Só bobo não se liga em guaraná!
( ) Galera, quem não gosta de guaraná?

10-Os frutos do guaraná são parecidos com os olhos humanos porque são:
( ) frutos mágicos de Deus Tupã
( ) sementes negras rodeadas por uma película branca.
( ) os olhinhos da criança da tribo Maués.

11- Na frase“..enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta,...”A palavra em negrito pode ser substituído por que palavra sem perder o sentido original
(    ) atento
(    ) pensativo
(    ) indignado

12 – “Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo.”Qual o antônimo da  palavra em negrito
(    ) alegria
(    ) dor
(    ) angústia

13 – Qual o objetivo principal do texto
(     ) ensinar fazer guaraná            (     ) informar onde surgiu o guaraná
(     ) contar a lenda do guaraná     (     )  falar sobre os índios Maués

14 - . A índia-mãe disse: “___ É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade”.
Para que serve o travessão nesta frase?

Leitura e interpretação - 8° ano

O PAPAGAIO REZADOR
     Papagaio se conhece é pelo amarelo da cabeça. Se o amarelo é esmaecido, pode falar, mas fala baixinho; se é gema de ovo, lustroso, cor de canário tratado a folha de alface e água de limão. É falador garantido.
     Cabeça para aprender e falar, e até para pensar, tinha aquele papagaio ainda novo, caído do ninho em dia de tempestade. Presente que deram ao vigário. Bicho tagarela, aprendeu as palavras e a forma de combiná-las; arremedava o sacristão ralhando com os coroinhas, imitava as beatas cantando o “perdoai, senhor”. Aprendeu a tirar ladainha, melhor que certos noviços mal entoados, que às vezes, vinham ajudar o vigário.
     Por tudo isso, o padre ficou muito sentido quando soube que o louro tinha fugido, atrás de um bando de papagaios que passara, barulhando, na direção do pouso da tarde. Chegou a maldar que o sacristão o tivesse dado, ou, quem sabe?, vendido. Mas antes de acusar, tirou informações e se convenceu de que o ingrato tinha mesmo ido embora, sem dizer adeus.
     Daí passou o senhor vigário a viver de lembranças: quando o coro cantava, quando os noviços desafinavam, quando as beatas se esganiçavam, até quando ele mesmo tirava a ladainha de maio, já lhe doía a saudade. Sem falar do poleiro vazio, cuja vista lhe apertava o coração.
    Acontece, porém, que o tempo é como o vento soprando areias de dunas. Dia a dia, pouco a pouco, vai recobrindo casas e até igrejas. Um louro, ainda que ente querido, sempre é menor que uma casa. E em menos de três anos a areia do esquecimento o recobria.
     Um fim de tarde, refestelado o vigário na cadeira de balanço, no alpendre perfumado de madressilvas, quando menos se espera foi aquele coro de vozes cadenciadas, aquele modo de falar, se perguntando e se respondendo. O padre só fez olhar para o alto e logo viu o bando de papagaios: agitando asas, grupados, acompanhavam o da frente que modulava seguro:__”Stella matutina!__ e o bando uníssono compacto: __”Ora pro nobis”.
     Homem de muito viver, o vigário sorriu. Notou que o da frente estava mais magro, mais esbelto. Mas pelo amarelo da cabeça. Lustroso como canário e pelo entoado da voz, nem duvidou que era o louro fugido. Reabriu o  “ Breviarium Romanum” e deu com o salmo 135:”Qui facit mirabilia magna solus” (Aquele que só faz maravilhas).
Marina Cavalcanti Proença
1. De acordo com o texto, qual o sinal de um papagaio falador?
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2. O que mostra, no 2° parágrafo, que este papagaio é diferente dos demais?
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3. Como você resumiria a biografia do papagaio até chegar às mãos do padre?
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4. Que frase do texto demonstra melhor a inteligência da ave?
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8. “...aquele coro de vozes cadenciadas...”.O que significa a palavra em destaque?_______________________________________.
9. Cada frase abaixo apresenta uma palavra em maiúsculas com um determinado significado. Formule uma outra frase com a mesma palavra, mas com sentido diferente, escrevendo-a no caderno.
a) È muito difícil comer MANGA sem sujar as mãos.

b) O vento balança as FOLHAS  das árvores.
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c) A LINHA estava descolorida.
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Texto para 4° ano - leitura e interpretação

TEXTO: PROCEDIMENTO             GÊNERO: BRINQUEDO

                PIORRINHA DE TAMPINHA

NO MUNDO TODO EXISTE PIÕES DE MUITAS FORMAS E PIORRAS TAMBÉM.
OS PIÕES PRECISAM DE FIEIRA, CHICOTE OU ALGUM OUTRO MECANISMO PARA COLOCÁ-LOS EM MOVIMENTO.
A PIORRA A GENTE GIRA COM AS PONTAS DOS DEDOS.
ESTA PIORRINHA DE TAMPINHA FOI INVENTADA POR “ EU MENINO”, EM SÃO SEBATIÃO DAS ÁGUAS CLARAS.
MAIS TARDE, DESCOBRI QUE OUTROS MENINOS, DE OUTROS LUGARES, JÁ HAVIAM INVENTADO PRIMEIRO.

MATERIAL NECESSÁRIO:

-PALITO DE FÓFORO
-TAMPINHA DE GARRAFA
- PREGO
- MARTELO

MODO DE FAZER:

1- PEGUE A TAMPINHA E                                          2 - COLOQUE O PALITO  DE
FURE BEM NO CENTRO                                            FORA PARA DENTO, DE MA-
COM UM PREGO MAIS FINO.                                    NEIRA QUE FIQUE BEM
                                                                                      APERTADINHO.

3 – DEPOIS É SÓ GIRAR
A PARTE DE CIMA DO
PALITO COM OS DOIS
DEDOS.

                          COMPREENDEDO O TEXTO

A) PARA QUEM FOI ESCRITO ESSE TIPO DE TEXTO?
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B) QUE CARACTERÍSTICA DO TEXTO FAZEM DELE UM  TEXTO INSTRUCIONAL?
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C) QUAIS SÃO AS PARTES DO TEXTO?
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D0 O QUE ACONTECERIA SE A ORDEM DAS PARTES FOSSE TROCADA?
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E) POR QUE O PALITO TEM QUE FICAR BEM APERTADINHO?
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F) QUE MECANISMO FAZ A PIORRA RODAR? OS DEDOS OU O PALITO?
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G) POR QUE ESSE BRINQUEDO SE CHAMA PIORRINHA?
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                       APRENDENDO MAIS....
1 – OBSERVE AS PALAVRAS:
PIORRA-PIORA               CORRA-CORA
MORRA-MORA               CARRO-CARO
FORME FRASES COM CADA PAR DE PALAVRAS
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2 – USE AS PALAVRAS DE DENTRO PARA FORA, PARTE DE CIMA, CENTRO, PARTE DE BAIXO, PARA ELABORAR FRASES:
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_________________________________________________
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3 – COMPLETE COM O QUE FALTA:
A) A PIORRA____________________________SEM CAIR.
B) ELE PASSOU O PALITO_________________________.
C) SEGURE A PARTE DE CIMA COM OS DEDOS E____________________________.
D) O PALITO DEVE FICAR BEM____________________________PARA NÃO__________________.

4 – ESCREVA FRASES COMPARANDO O MOVIMENTO DE DOIS BRINQUEDOS DIFERENTES. OBSERVE O MODELO: EX: A BONECA ANDA, MAS O AVIÃOZINHO VOA.
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5 – OBSERVE :
AS PIORRAS.
COMO SE MOVIMENTAM? AS PIORRAS GIRAM.
COMO? AS PIORRAS GIRAM RAPIDAMENTE.
ONDE? AS PIORRAS GIRAM RAPIDAMENTE NO CHÃO.
 AGORA FAÇA O MESMO:
OS CARROS.
COMO SE MOVIMENTAM?______________________________________________
COMO?______________________________________________________________
ONDE?______________________________________________________________

OS TRENS.
COMO SE MOVIMENTAM?______________________________________________
COMO?______________________________________________________________
ONDE?______________________________________________________________

OS AVIÕES.
COMO SE MOVIMENTAM?______________________________________________
COMO?______________________________________________________________
ONDE?______________________________________________________________

6 – REESCREVA O TEXTO DA LEITURA.
PRIMEIRO VOCÊ PEGA_________________________________________________
_____________________________________________________________________.
DEPOIS, VOCÊ________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
EM SEGUIDA, _________________________________________________________
_____________________________________________________________________.
FINALMENTE__________________________________________________________
____________________________________________________________________.

AGORA É SÓ GIRAR, GIRAR E DIVERTIR!

Leitura e intrepretação - 8° ano

Interpretação textual - 7° ano

Texto narrativo: Vamos acabar com esta folga

O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo.


De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pela provocação, e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou-se de lá e perguntou:


___Isso é comigo?


___Pode ser com você também __respondeu o alemão.


Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem pra ele ali dentro.Queimou-se então um português que era maior ainda que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu pra cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos.


O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que dizia era certo. Não havia homem pra ele ali naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois de um norueguês etc.,etc. Até que, lá do canto do café, levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia, para perguntar, como os outros:


___Isso é comigo?


O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio gingando assim pro lado do alemão. Arou perto, balançou o corpo e...PIMBA! O alemão deu-lhe uma cacetada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro.


Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros.


Stanislaw Ponte Preta


COMPREENDENDO O TEXTO


1. “ O NEGÓCIO ACONTECEU NUM CAFÉ” (L. 1). A que negócio se refere o texto?


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2. Que espécie de local seria o café onde ocorreu a história?


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3. “...um alemão...gritou que não via homem pra ele ali dentro” (l.4/5).O que quis dizer o alemão com esta frase?


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4. “Queimou-se e não conversou.” (l.13). O que quer dizer essa expressão?


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5. Todos os personagens que enfrentam o alemão são derrotados. Por que, ao lermos a crônica, achamos que o brasileiro vai vencê-lo?


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6. Quais as qualidades do brasileiro apontadas pelo autor?


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7. Por que a senhora que escuta a história acha que ela não havia terminado? O que faltava?


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8. O que poderíamos escrever em lugar da palavra “ o diabo” na última linha do 1° parágrafo?
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9. “...é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio...”.O que quer dizer pisar macio?